CRÓNICA DE UM FÃ DE GUNS
Afinal, o intratável Axl Rose ainda mexe... Mal, muito mal, mas mexe!
A crónica de um fã de Guns ´n´Roses
após a fraude de sábado
no Rock In Rio Lisboa 2006.
primeira parte
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Naquele tempo, tínhamos o velho hábito de comprar os discos, gravá-los para as cassetes virgens e devolvê-los ao prelo. Só ficávamos com os registos originais daquilo que considerávamos essencial, clássico ou, somente, aqueles que nos davam algum estatuto só por tê-los. Eram os tempos do metal, do hard-rock, e até da afirmação das tendências que superavam tudo isso (trash, hard-core ou ruídos afins)!
Com os incontornáveis Iron Maiden à cabeça, seguiam-se as nossas bandas de culto: Slayer, Antrax, Wasp, Metallica, Megadeath, Judas Priest e um sem número de tantas outras que ora apareciam ora desapareciam, sem termos dado sequer a mínima conta disso. E, no marasmo, surgiam também os sons de distorção que vinham das mega urbes americanas e europeias, os alternativos ou aquilo que não estava na moda e se opunha ferozmente à decadência da pop naqueles idos de oitenta, e que não valorizava-mos, algumas vezes indevidamente.
Em Lisboa, havia um “santuário” onde era possível adquirir todos esses sons clássicos ou alternativos: a Torpedo, pequena discoteca situada no centro comercial da estação do Rossio, aos Restauradores. Os preços eram mais simpáticos que na Bimotor e a variedade de coisas novas sobrepunha-se à das grandes lojas. A vantagem acrescida é que o nórdico que geria a loja nunca se opunha a uma troca, desde que mantivesse-mos a integridade física da capa e do correspondente vinil.
Foi assim, nesses anos de despertar que, graças a uma visita do meu primo à Torpedo, descobri uma nova banda, surgida com o eclipsar de uma banda mais “pussy rock” que “metaleira” (da qual se dispensava tranquilamente viver, mas da qual ainda hoje guardo um decadente VHS de videoclips) chamada LA Guns. A nova banda eram os Guns n´ Roses, e o jovem Bruno «stone» (como lhe passámos a chamar nos nossos anos duros de rock´n´roll) não resistira à capa bem “metal” do disco. O álbum chamava-se «Appetite for Destruction» e era, no mínimo, desconcertante. Todo ele violência, sexo e drogas. Uff!!! – como um murro no estómago de adolescentes que ainda muito pouco percebiam da matéria, mas que ficaram imediatamente de sobreaviso para o que se estava a passar no rock lá para os lados de Los Angeles, Califórnia.
Vim a saber, dois ou três anos mais tarde, quando o “Knockin`” começava a abrir caminho ao grande fenómeno planetário que seriam os «Use Your Illusion», que o meu primo se libertara fisicamente daquele álbum fabuloso. Restava a minha velha cassete áudio, gravada num gira discos stereo e ouvida vezes sem conta, já com aqueles pequenos cortes do uso, e do abuso, naqueles reprodutores de som algo manhosos a que chamávamos leitores de cassetes. O meu grande orgulho, à época, é que, quando se falava de Guns antes do grande boom, eu disparava aquela cópia pirata. E graças àquela cassete - que acabaria por terminar os seus dias no interior de um «walkman» caído no fundo do Tejo, por obra e graça de uma namorada desastrada - muitos amigos conheceram Guns antes do tempo comum. Para mim, confesso-o hoje, era motivo de regozijo, e só me lamentava ter deixado ao meu primo a guarda do vinil original (até porque, aquando da reedição e do lançamento em cd, a capa original foi trocada por algo bem mais “soft” que a da edição de 1987)!
(continua)
Com os incontornáveis Iron Maiden à cabeça, seguiam-se as nossas bandas de culto: Slayer, Antrax, Wasp, Metallica, Megadeath, Judas Priest e um sem número de tantas outras que ora apareciam ora desapareciam, sem termos dado sequer a mínima conta disso. E, no marasmo, surgiam também os sons de distorção que vinham das mega urbes americanas e europeias, os alternativos ou aquilo que não estava na moda e se opunha ferozmente à decadência da pop naqueles idos de oitenta, e que não valorizava-mos, algumas vezes indevidamente.
Em Lisboa, havia um “santuário” onde era possível adquirir todos esses sons clássicos ou alternativos: a Torpedo, pequena discoteca situada no centro comercial da estação do Rossio, aos Restauradores. Os preços eram mais simpáticos que na Bimotor e a variedade de coisas novas sobrepunha-se à das grandes lojas. A vantagem acrescida é que o nórdico que geria a loja nunca se opunha a uma troca, desde que mantivesse-mos a integridade física da capa e do correspondente vinil.
Foi assim, nesses anos de despertar que, graças a uma visita do meu primo à Torpedo, descobri uma nova banda, surgida com o eclipsar de uma banda mais “pussy rock” que “metaleira” (da qual se dispensava tranquilamente viver, mas da qual ainda hoje guardo um decadente VHS de videoclips) chamada LA Guns. A nova banda eram os Guns n´ Roses, e o jovem Bruno «stone» (como lhe passámos a chamar nos nossos anos duros de rock´n´roll) não resistira à capa bem “metal” do disco. O álbum chamava-se «Appetite for Destruction» e era, no mínimo, desconcertante. Todo ele violência, sexo e drogas. Uff!!! – como um murro no estómago de adolescentes que ainda muito pouco percebiam da matéria, mas que ficaram imediatamente de sobreaviso para o que se estava a passar no rock lá para os lados de Los Angeles, Califórnia.
Vim a saber, dois ou três anos mais tarde, quando o “Knockin`” começava a abrir caminho ao grande fenómeno planetário que seriam os «Use Your Illusion», que o meu primo se libertara fisicamente daquele álbum fabuloso. Restava a minha velha cassete áudio, gravada num gira discos stereo e ouvida vezes sem conta, já com aqueles pequenos cortes do uso, e do abuso, naqueles reprodutores de som algo manhosos a que chamávamos leitores de cassetes. O meu grande orgulho, à época, é que, quando se falava de Guns antes do grande boom, eu disparava aquela cópia pirata. E graças àquela cassete - que acabaria por terminar os seus dias no interior de um «walkman» caído no fundo do Tejo, por obra e graça de uma namorada desastrada - muitos amigos conheceram Guns antes do tempo comum. Para mim, confesso-o hoje, era motivo de regozijo, e só me lamentava ter deixado ao meu primo a guarda do vinil original (até porque, aquando da reedição e do lançamento em cd, a capa original foi trocada por algo bem mais “soft” que a da edição de 1987)!
(continua)
8 Comments:
Grande Red.
Grandes tempos esses...
Publica a continuação Já!
abraço
Pois é meu querido, eramos todos nós bastante mais novos, tinhamos menos barriga mas, em compensação muito mais cabelo, tinhamos menos juízo(?) mas mais tempo para estas coisas...
Tinhamos menos idade, menos dinheiro, mas eramos concerteza bem mais felizes e mais despreocupados.
Enfim, outros tempos...
Hellas red label,
n sei se foi fraude, pq só tem desilusões quem tem ilusões...eu vi guns em 1992 (e pude testemunhar a mentira q dps foi perpetuada por algs orgãos de comunicação social, namely esse pasquim chamado Blitz)e vi via tv o concerto de sábado. Qm é q pode exigir a 1 axl de 44 anos, equipado com o q resta de Guns n' Roses, q faça o mesmo q fazia com 28/30 anos? N pode. O erro, se lhe quiseres chamar farsa, foi esse. É ele tentar adaptar um formato q n é adaptável. Prefiro os novos Gn'R com 1 formato não de estádio, + pequeno, em q o homem ainda consiga cantar 1 vez q tem menos espaço para manipular. Mas as boas novidades é q o homem parece + em paz, e com os dotes de composição (psicóticos, como se sabe) intactos. Mas eu, sinceramente, até estava à espera de pior.
Eu tal como tu, ouvi o Appetite for Destruction numa cassete mto mto manhosa, mtos anos antes de "ser fixe gostar de Guns". E somos nós q resistimos...
Mas estes gajos ainda são vivos? nunca mais ouvi falar deles!
Caro Red Label:
Fico à espera da segunda part. Estive contigo nesse concerto.
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