domingo, julho 02, 2006

HISTÓRICO

Quartos de Final do Campeonato
do Mundo de Futebol 2006

PORTUGAL - 0 INGLATERRA - 0 *

(* 3 - 1, após grandes penalidades)

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Repórter X
Correspondente «GB»
No Mundial 2006

Ontem, 1 de Julho de 2006, ao quinto jogo do Mundial, a Selecção Nacional marcou indelevelmente o desporto nacional. Tal como há 40 anos atrás, Portugal qualifica-se para as meias-finais e afirma-se definitivamente como uma das equipas favoritas à vitória final. E, se nos tempos de Eusébio, Torres e Coluna, Portugal era visto como a surpresa vinda daquele periférico país cinzento, governado com mão de ferro por um ditadorzeco, hoje, são os vice-campeões da Europa que mostram ao mundo que não foi por acaso que aconteceu aquela classificação no Euro 2004, e nem terá sido somente o factor “casa” a patrocinar os resultados alcançados.

Claro que, perante tanta selecção com historial nas competições ou com um enorme poder económico-financeiro ainda em competição, torna-se fácil dizer que esses pelintras do sul da Europa são batoteiros, arruaceiros e provocadores, como se nos pés de Figo, de Ronaldo, de Simão ou de Deco (que até nem jogou!) não houvesse futebol suficiente para derrotar qualquer adversário. O jogo de ontem mostrou isso precisamente. Pode não ter havido tanto brilho como noutras ocasiões – sejamos realistas: o jogo foi fraco! – mas houve, novamente, essa vontade imensa de ultrapassar os obstáculos, as adversidades e até as manhas e o anti-jogo dos adversários que crêem nessas nossas alegadas «batotas» lusitanas.

Ontem, houve uma equipa, Portugal, donde se destacou um guarda redes por ventura pouco virtuoso, mas talhado para defender pénaltis batidos por súbditos da Rainha. Grande Ricardo que abateu os medos, os receios e as limitações humanas e se fez herói; não é para todos, repetir um feito e ainda se dar ao luxo de bater o recorde de defesas de grandes penalidades em campeonatos do mundo. E, acrescente-se, os oponentes nesse duelo vencido em nome de Portugal eram somente alguns dos melhores executantes do mundo, ou não fossem eles Lampard e Gerrard. Ricardo foi, uma vez mais, demasiado grande para eles, para as suas camisolas e para os seus talentos. A ele agradecemos o feito, mas também a Luis Felipe Scolari.

Teimosamente, naquele jeito de «sargentão», Scolari vai apresentando resultados inéditos por estas bandas, mesmo que, abatendo todas as regras da lógica. No fundo, Scolari sabe que isto do futebol é apenas um bocadinho ou nada de lógica, ou não fosse este o jogo que nos faz vibrar e sonhar, e até perder a razão ao ponto de crer que a Senhora do Caravagio que o «Felipão» trouxe do Brasil está em campo e joga que se farta!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Que grande análise, Red!!!
Adorei essa última frase do «Scolari sabe que isto do futebol é apenas um bocadinho ou nada de lógica, ou não fosse este o jogo que nos faz vibrar e sonhar, e até perder a razão ao ponto de crer que a Senhora do Caravagio que o «Felipão» trouxe do Brasil está em campo e joga que se farta!»

Bjocas

julho 04, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Caro amigo, acabei as férias e tenho estado a ler a gazeta neste final de tarde. Bons textos sobre a selecção que agora nos faz acrditar que é possivel estar em Berlim no domingo.
Gostei tambem mto daquela frase que a amiga que comentou primeiro destacou. E adorei as fotos que foste desenterrar da boazona Karen Jardel.
lol

abração

julho 04, 2006  

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