É A CRISE, ESTÚPIDO! É A CRISE!
A Crónica do
El Terrorista
El Terrorista
Os vencimentos dos portugueses continuam, em média, a ser os mais baixos da Europa. Para isso contribuí o salário mínimo mais decrépito do continente, porque, vá-se lá saber como, em Portugal, há uns bons milhares de vencimentos muito acima mesmo dos de quadros de topo noutros países da Europa. Trata-se do fenómeno da “brasiliziação” que parece preocupar pouco os políticos mas que vitima a maior parte dos portugueses.
Mas, o País de hoje, já se situa (pelo menos geograficamente) na Europa e os apelos ao consumo, para lá das cargas fiscais violentas, são mais que muitos e atingem democraticamente todos, ao ponto deste «maravilhoso mundo do capitalismo» até se ter tornado «popular». Entre facilidades de crédito, pagamentos a prestações e contas-ordenado, os portugueses são autenticamente bombardeados com as tentações mais libidinosas da modernidade consumista: as velhas televisões ficaram obsoletas porque chegaram os LCD e os plasmas; os automóveis passaram a ter uma validade de três ou quatro anos porque se faz crer que passado esse tempo são despromovidos ao estatuto de «chaços»; os restaurantes económicos ficaram «démodé» porque o que está a dar é pagar muito para comer pouco e, de preferência, à média luz para dar um ar «chique»; e, etc.
O certo é que a crise chegou e parece não estar de abalada. A comprová-lo, o sobre-endividamento galopante das famílias e a notícia de hoje, publicada no Semanário Económico, de que segundo dados do Banco de Portugal foram emitidos mais de 180 mil cheques sem provimento, no valor de 469 milhões de euros, só no primeiro trimestre deste ano. O facto pode justificar-se com o aliar da genética lusa da aldrabice à conjuntura de crise profunda que abala o País. Sem fim à vista, e perante crise e libido consumista, restam aos portugueses expedientes para continuar na moda… crédito, cheques carecas, fuga fiscal e sorte, muita sorte.
Mas, o País de hoje, já se situa (pelo menos geograficamente) na Europa e os apelos ao consumo, para lá das cargas fiscais violentas, são mais que muitos e atingem democraticamente todos, ao ponto deste «maravilhoso mundo do capitalismo» até se ter tornado «popular». Entre facilidades de crédito, pagamentos a prestações e contas-ordenado, os portugueses são autenticamente bombardeados com as tentações mais libidinosas da modernidade consumista: as velhas televisões ficaram obsoletas porque chegaram os LCD e os plasmas; os automóveis passaram a ter uma validade de três ou quatro anos porque se faz crer que passado esse tempo são despromovidos ao estatuto de «chaços»; os restaurantes económicos ficaram «démodé» porque o que está a dar é pagar muito para comer pouco e, de preferência, à média luz para dar um ar «chique»; e, etc.
O certo é que a crise chegou e parece não estar de abalada. A comprová-lo, o sobre-endividamento galopante das famílias e a notícia de hoje, publicada no Semanário Económico, de que segundo dados do Banco de Portugal foram emitidos mais de 180 mil cheques sem provimento, no valor de 469 milhões de euros, só no primeiro trimestre deste ano. O facto pode justificar-se com o aliar da genética lusa da aldrabice à conjuntura de crise profunda que abala o País. Sem fim à vista, e perante crise e libido consumista, restam aos portugueses expedientes para continuar na moda… crédito, cheques carecas, fuga fiscal e sorte, muita sorte.
2 Comments:
Desculpa que te corrija...
mas a sorte não tem nada a ver com o facto.
Com entidades bancárias (que só não dão crédito ao m/piriquito e ao m/gato porque a eles não lhes passa pela cabeça ir pedi-lo), fiscalização (que é mais ou menos como o pilhão: toda a gente sabe que isso não existe, não é?) e tribunais (que me escuso até de comentar) como os nossos, sinceramente...
Achas que ainda é preciso sorte???
Só mesmo quem não tenha jeitinho nenhum para a coisa é que há-de ser apanhado, não achas?
Sorte só se for para ganhar o Euro milhões e começar a aldrabar em grande escala.
Beijos
A situação em que Portugal se encontra é o facto do fosso entre ricos e pobres se agravar cada vez mais, e as leis impostas vão influenciar apenas a classe média e baixa!
É com estas referências que o povo português se prende a sonhos milionários, como o Euromilhões!!(Reparem que somos um dos maiores "Clientes" desse jogo, senão o maior e no entanto um dos mais pobres!
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