CARTA ABERTA A RONALD KOEMAN
Repórter X
Caro Ronaldo,
Quero ser, nesta carta que te escrevo, o mais sincero possível para contigo. Acho que, apesar deste casamento conturbado que te ligou ao Benfica durante quase um ano, devo-te, como benfiquista, esse obséquio. É que neste clube, apesar de alguns estranhos passarões, há gente de bem a transmitir sem truques aquilo que lhe vai na alma.
Em nome de alguns momentos bonitos que nos deste ao longo desta temporada, decidi começar precisamente esta carta com aquilo que me deu vontade de fazer no passado domingo, juntamente com milhões de benfiquistas: por sugestão de um amigo, cabia-nos patrocinar uma segunda edição da «Operação Coração», visando libertar o nosso Glorioso clube da tua presença. Na verdade, o coração pujante da águia parecia bater cada vez mais baixinho sempre que te víamos escalar um onze; deste modo, a única solução passava por nos livrarmos definitivamente de ti e das tuas tácticas «mirabolantemente» criativas.
Não leves a mal, Ronaldo, mas entre tanta desgraça, o melhor que nos sucedeu neste último quarto de época foi aparecerem os teus conterrâneos da Philips a levar-te com eles. Confesso que fiquei surpreendido com tamanha rapidez e eficácia, pelo que cheguei mesmo, na segunda feira à tarde, a reunir um grupo de ilustres para preparar a campanha. Felizmente, não foi preciso! Com o mesmo pragmatismo com que montaste a equipa que despachou os ingleses do Manchester e do Liverpool, chegou o PSV para te negociar e levar de volta à Holanda.
A esta hora, e enquanto ajeitas a roupa nas malas, apesar do sol e do calor te tentarem a um pulinho ao refúgio algarvio ou à marina de Cascais, quero que saibas que nos fizeste sofrer a bom sofrer durante estes longos meses, ao ponto de muitas vezes uma dúvida maior me assaltar: serás tu realmente um treinador de futebol? - A julgar pelo teu conterrâneo localizado a norte, pela sua idade e jeito para a poda apesar de (sabe-se lá como!) ter sido «campeão nacional», devo dizer que não te auguro um futuro radioso na área. É que, não obstante as raras excepções, não parece que a Holanda produza propriamente bons treinadores. É tudo muito à base de tulipa e sabe-se lá mais do quê... pelo menos a julgar por alguns esquemas tácticos com que nos presenteaste ao longo do campeonato nacional.
Mas, caro Ronaldo, quero que saibas que milhões não esquecerão tão depressa as noites mágicas da Luz e de Anfield Road que esta temporada legou à história do Benfica. Na verdade, nem tudo foi mau! E por isso te disse, no início desta carta, que começava pelo que de pior te tinha para transmitir, deixando este sublinhado simpático para a despedida.
Cumprimentos,
PS – Após ter ouvido o Vieira dizer que se quiseres voltar ao Benfica serás sempre bem-vindo, pelo sim pelo não, roubei-lhe a agenda. É que nisto do futebol, nunca se sabe!
Caro Ronaldo,
Quero ser, nesta carta que te escrevo, o mais sincero possível para contigo. Acho que, apesar deste casamento conturbado que te ligou ao Benfica durante quase um ano, devo-te, como benfiquista, esse obséquio. É que neste clube, apesar de alguns estranhos passarões, há gente de bem a transmitir sem truques aquilo que lhe vai na alma.
Em nome de alguns momentos bonitos que nos deste ao longo desta temporada, decidi começar precisamente esta carta com aquilo que me deu vontade de fazer no passado domingo, juntamente com milhões de benfiquistas: por sugestão de um amigo, cabia-nos patrocinar uma segunda edição da «Operação Coração», visando libertar o nosso Glorioso clube da tua presença. Na verdade, o coração pujante da águia parecia bater cada vez mais baixinho sempre que te víamos escalar um onze; deste modo, a única solução passava por nos livrarmos definitivamente de ti e das tuas tácticas «mirabolantemente» criativas.
Não leves a mal, Ronaldo, mas entre tanta desgraça, o melhor que nos sucedeu neste último quarto de época foi aparecerem os teus conterrâneos da Philips a levar-te com eles. Confesso que fiquei surpreendido com tamanha rapidez e eficácia, pelo que cheguei mesmo, na segunda feira à tarde, a reunir um grupo de ilustres para preparar a campanha. Felizmente, não foi preciso! Com o mesmo pragmatismo com que montaste a equipa que despachou os ingleses do Manchester e do Liverpool, chegou o PSV para te negociar e levar de volta à Holanda.
A esta hora, e enquanto ajeitas a roupa nas malas, apesar do sol e do calor te tentarem a um pulinho ao refúgio algarvio ou à marina de Cascais, quero que saibas que nos fizeste sofrer a bom sofrer durante estes longos meses, ao ponto de muitas vezes uma dúvida maior me assaltar: serás tu realmente um treinador de futebol? - A julgar pelo teu conterrâneo localizado a norte, pela sua idade e jeito para a poda apesar de (sabe-se lá como!) ter sido «campeão nacional», devo dizer que não te auguro um futuro radioso na área. É que, não obstante as raras excepções, não parece que a Holanda produza propriamente bons treinadores. É tudo muito à base de tulipa e sabe-se lá mais do quê... pelo menos a julgar por alguns esquemas tácticos com que nos presenteaste ao longo do campeonato nacional.
Mas, caro Ronaldo, quero que saibas que milhões não esquecerão tão depressa as noites mágicas da Luz e de Anfield Road que esta temporada legou à história do Benfica. Na verdade, nem tudo foi mau! E por isso te disse, no início desta carta, que começava pelo que de pior te tinha para transmitir, deixando este sublinhado simpático para a despedida.
Cumprimentos,
PS – Após ter ouvido o Vieira dizer que se quiseres voltar ao Benfica serás sempre bem-vindo, pelo sim pelo não, roubei-lhe a agenda. É que nisto do futebol, nunca se sabe!
2 Comments:
Adeus Koeman. Não voltes nunca|
Vai e ñ voltes.
Subscrevo o q diz o grande Reporter x.
Enviar um comentário
<< Home